Um único fato seria suficiente para redobrarmos os cuidados com o planeta: o ato de respirar. Só em estar vivo e respirando, já impactamos toda a biodiversidade existente aqui, além de naturalmente dependermos dela.
Portanto, é preciso ponderar no modo de viver e nas escolhas do dia a dia. Esse contraponto é o mínimo que podemos fazer para manter o equilíbrio de um sistema que engloba muitas e diversas formas de vida.
Quando desviamos os olhos do nosso próprio umbigo, conseguimos alcançar outros umbigos. Conseguimos ver até mesmo seres sem umbigo, dando-nos a consciência da complexidade da existência. Todos deveriam experimentar, é fantástico!
E se você chegou até aqui, provavelmente vai querer saber como viver em harmonia consigo, com os outros e com o nosso lindo planeta azul, não é?!
Francyne Elias-Piera, doutora em ciência ambiental pela Universitat Autònoma de Barcelona, deu umas dicas ótimas para o Ecoa e nós catamos e colocamos aqui para vocês.
"Quase tudo que fazemos libera gás carbônico (CO2) ou algum outro gás do efeito estufa que contém carbono, como andar de carro, carregar o celular e ligar a televisão. A fabricação ou ciclo de vida de um serviço ou produto, desde a fabricação até o seu uso e descarte, também deixa pegada de carbono, pois libera gases do efeito estufa a cada etapa”.
Explica a doutora sobre a quantidade de carbono emitida por pessoas, empresas ou tipo de atividade.
Ou seja, é muito mais tenso que se imagina. Ou “oramos e vigiamos” ou, cada dia mais, comprometeremos a qualidade de vida no mundo.
Veja esses dados expostos pelo Ecoa:
O Brasil ocupa o 6o lugar entre os maiores emissores de gases de efeito estufa, com 3,2% do total mundial. de acordo com o levantamento publicado pelo SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa).
O Brasil também está no G20, grupo de países que representam 78% das emissões globais de CO2, embora os maiores emissores sejam China, União Europeia, Índia e Estados Unidos, que sozinhos representam 55% do CO2 lançado na atmosfera na última década.
Os dados são da GIZ, agência alemã para o desenvolvimento sustentável, que está à frente de um programa para acompanhar as evoluções do Acordo de Paris, que tem como principal objetivo frear o aquecimento global e impedir o aumento da temperatura terrestre em 2º C em comparação com à era pré-industrial e assim amenizar os efeitos das mudanças climáticas.
Apesar de parecem só números, o cenário é muito preocupante e pode piorar.
"Precisamos mudar comportamentos e isso só acontecerá se conhecermos a pegada de carbono de tudo o que produzimos e consumimos. Assim, poderemos optar por marcas que tenham pegadas menores e que tenham projetos para diminuir o impacto no planeta. Se não mudarmos, nossas pegadas ficarão cada vez maiores e a *sobrecarga da Terra acontecerá muito antes do previsto."
Alerta Elias-Piera.
Agora você deve estar se perguntando o que fazer já que o carbono é natural e faz parte da sobrevivência das espécies. Sim, é verdade, mas podemos manter o equilíbrio através da preservação da natureza, florestas, manguezais e oceanos.
E, acredite, pequenas ações individuais contribuem muito para essa preservação. Se todos colaborassem com iniciativas conscientes seriamos o mundo inteiro trabalhando nesse processo de regeneração.
Abaixo está uma lista sutil das mudanças que podemos iniciar agora:
Diminuir o consumo de plásticos ou optar por objetos reutilizáveis;
Trocar aparelhos que gastam muita energia por outros mais econômicos;
Consumir mais produtos locais e/ou criar uma horta urbana;
Plantar árvores;
Conscientizar pessoas sobre o tema e ajudá-las no primeiro passo;
Apoiar projetos socioambientais;
Ser um exemplo prático no dia a dia para quem está perto de você;
Optar pelo consumo consciente, escolhendo empresas ativistas e com impacto regenerativo.
Se você deseja, assim como nós, viver em um planeta saudável, então pense a respeito do tamanho da sua pegada!
*O Dia da Sobrecarga da Terra, do inglês Earth Overshoot Day, é a data que marca quando as demandas por recursos naturais do planeta são excedidas, ou seja, usamos mais do que a natureza pode regenerar. O cálculo é feito pela Global Footprint Network (GFN), uma organização internacional de pesquisa.
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